Assistindo ao 5º episódio da segunda temporada da série, repare bem em todas as pessoas presentes na cena do karaokê. Com exceção das quatro Antonias, todos no bar cantante japonês eram figurantes – pessoas usadas para dar verossimilhança ao cenário, usando para isto nada mais que sua presença. Havia gente de todas as cores, tamanhos, idades e procedências possíveis formando o que se pode chamar de “ambiente comum”.
Já que o grupo da Brasilandia ganhou fama cantando que qualquer um poderia ser uma Antonia (Antonia sou eu/Antonia é você/ Antonia é qualquer um/ Que Antonia pode ser), elegeu-se uma nova Antonia dentre estas ovelhas de presépio televisivo.
Paula: brincando de não aparecer
De blusa marrom, jeans, franja na testa, sorrisão e copo de whiskie cenográfico em mãos, Ana Paula Kasmirski quase não aparecerá no episódio. Mas bem que poderia. Natural de Santa Catarina, Ana mora em São Paulo há um ano. Veio para as bandas de Antonias para montar uma banda e tentar carreira no mercado da música. A história soa familiar? Mas não se deixe iludir, em vez de rap e hip hop, Kasmirski se aventura pelo mundo do rock: “As músicas de minha autoria vão para meu CD solo, enquanto com a banda faço covers de Deep Purple e outros clássicos do rock”, conta em um dos poucos intervalos da filmagem.
Em relação à função figurativa, ela – que demonstrava ânimo de outro mundo enquanto o grupo de protagonistas cantava a música “Toda Forma de Amor”, de Lulu Santos – disse não saber precisar como chegou à função: “Na verdade, não lembro exatamente onde foi que encontrei o e-mail para ser figurante. Foi em um grupo de e-mails ou no Orkut”, arriscou. Quanto ao esforço despendido para ser pano-de-fundo, declarou não achar nada complexo na labuta: “Gravar não exige muito, não. Basicamente é ficar parada aqui e obedecer as diretrizes e ganhar o cachê”, afirmou. Só esqueceu de listar que a pequena aparição pode redundar, eventualmente, em uma história de sucesso vindo do nada. Afinal, é só se espelhar no roteiro do programa em que decidiu figurar.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Campanha: Deixe um figurante brilhar
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Mulheres no volante, capítulo 5: O desfecho emocionante de Dainara Toffoli
O capítulo que adotou para chamar de seu nesta segunda fase do grupo feminino, virá com desfecho “cheio de emoções” – afinal é o fim da temporada –, e com final comemorativo, contraponto da série de percalços pelos quais as cantoras guerreiras passam no decorrer desta segunda incursão à TV.
Do ritmo de trabalho – que classificou como “louco –, destacou a soltura das 4 protagonistas: “Está sendo ótimo, bastante estimulante. Elas já vêm de uns dois, três anos de trabalho com este personagens, então ficam super desenvoltas”, garantiu. A cena que mais havia marcado até então, já que falou em meio às filmagens, foi a de Barbarah – personagem de Leilah Moreno – interpretando Sandrinha: “Foi uma coisa do personagem representando outro personagem, uma meta-meta-interpretação. Ótimo”, classifica.
Dainara dirige cena do último episódio
O final das filmagens ocorreu em locação extremamente festiva, um karaokê do bairro paulistano da Liberdade. O desfecho animado da segunda temporada, cheia de mudanças nas vidas das guerreiras, você assiste nesta sexta-feira, na Rede Globo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Da Brasilândia rumo à Liberdade!
As profissionais brincam de principiante ao enfrentar o karaokê
Último dia de filmagens da segunda temporada de Antonia: às 20h de uma segunda-feira, vários caminhões repletos de aparelhagem se esvaziam para permitir a externa que receberá os momentos derradeiros das habitantes mais ilustres de Vila Brasilândia.
Só que, esta incursão off-estúdio, em vez de ter como pano-de-fundo a periferia em que as meninas cresceram, se conheceram e viraram Antonia, rolou em outro canto da cidade de São Paulo. Para celebrar a emancipação das batalhadoras, a estação da vez foi a Liberdade. No bairro das luminárias japonesas e da maior colônia nipônica fora da terra do sol nascente, Preta, Barbarah, Mayah e Lena – ou, melhor dizendo, Negra Li, Leilah Moreno, Quelynah e Cindy Mendes – se arriscaram na anciã arte oriental do karaokê
A música escolhida fugiu completamente ao repertório de rap, hip hop e r&b do grupo: “Toda Forma de Amor”, de Lulu Santos. O resultado, por entre gargalhadas, resmungos e lapsos de memória, pode ser conferido no quinto episódio da série. Enquanto isso, uma imagem das moças recebendo as diretrizes da diretora Dainara Toffoli.
Dainara Toffoli dirige a cantoria
Marcadores: Dainara, Karaokê, Liberdade, Lulu Santon
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Mulheres no volante, capítulo 4: Fabrizia Pinto e a decisão de retratar a violência e insegurança que pairam no ar
Fabrizia: momentos de suspense na realidade que imita a ficção
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Negra Li quer sitcom negro no Brasil
Negra Li: por seriados negros no Brasil
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Mulheres no Volante, capítulo 3: Paola Siqueira fala sobre micos, grana, metalinguagem e improviso
O episódio três da segunda temporada de Antônia já nasce metalingüístico: logo de início, as quatro meninas da periferia paulistana são convidadas a protagonizar um comercial de produtos para cabelos. Por uma ironia destas que a vida prega, a diretora do capítulo, Paola Siqueira, se encarregava de uma propaganda de shampoos enquanto dava sua contribuição para o seriado. “Fui muita coincidência. Além da questão dos comerciais serem de um mesmo tipo produto, tem uma cena em que a Mayah fala que fez uma escova de chocolate”, conta, ressaltando que a propaganda da vida real era de um cosmético a base de... chocolate.
Filmado o anúncio publicitário, o mote do episódio passa a ser o que as cantoras e garotas-propaganda farão com o dinheiro que ganharam: “O assunto principal é o dinheiro, o valor que você dá para si mesmo e para as coisas e a ambição. A gente acompanha o que cada uma vai fazer com esse dinheiro”, revela. Se dinheiro na mão é vendaval, Preta, Mayah, Barbarah e Lena apontam seus ventos para direções opostas. Enquanto algumas usam a grana para resolver problemas pessoais urgentes, outras caem em uma fase perdulária de gastos fúteis e outra ainda decide investir o capital na carreira. É neste momento que Diamante passa a ser uma dúvida no futuro do grupo: conseguiria o empresário propiciar a Antônia todas as chances possíveis?
Antes de ter seu posto arriscado pelo aparecimento de um novo empresário, que oferece às brasilandenses oportunidade de aumentar sua fama e conta bancária, Diamante bota as rappers numa gelada, que Paola definiu como o “micão das Antonias”. “Para pagar a entrada do carro do Diamante, as meninas têm de cantar parabéns na festa do dono da loja de carros, que é um personagem muito brega”, explica, lembrando que o bolo da comemoração tem uma foto do aniversariante impressa, e elogiando o desempenho de Arthur Kohl – ator que deu vida ao varejista de gosto duvidoso.
Para saber o destino de Diamante e conferir quem faz bom-uso do primeiro grande cheque que cai nas mãos de Antônia, e quem acaba perdendo o dinheiro, é só conferir o episódio da sexta-feira (cinco de outubro). E, para conhecer mais um pouco do trabalho de Paola Siqueira, é só esperar mais um pouco: ela conta que acaba de rodar um curta e pretende filmar outros dois – compondo uma trilogia – até o fim deste ano.