sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mulheres no volante, capítulo 1º : o road movie de Gisele Barroco

Movimento é a palavra-chave para definir o trabalho de Gisele Barroco na direção do primeiro episódio da segunda temporada de Antônia, batizado de “Plano B”. Por falar em plano, o de Barroco foi colocar as quatro brasilandenses na estrada, retratando sua primeira turnê e todos os percalços que envolvem este rolê.

“Minha motivação era fazer uma história de viagem, filmar o movimento, com cenas se passando em vários lugares e as relações humanas estabelecidas nestes novos ambientes”, conta Gisele, que revela ter se espelhado em road movies na concepção da sua fatia do seriado. O ambiente de mudança constante e confinamento permitiu que se discutisse a união das meninas, posta em risco por um novo elemento humano e pelo ambiente de pressão do nomadismo: “Eu acho muito legal essa relação de como você vivencia uma viagem, onde tudo é diferente. Busquei retratar tudo que uma viagem acarreta de bom e de ruim, os novos fatos e pessoas que entram na vida de quem está se movendo”, pontua.

A tarefa de retratar as divas do hip-hop percorrendo de ônibus o estado de São Paulo na companhia do empresário Diamante, da pequena Emília e de uma personagem nova e de suma importância, foi cumprida em apenas seis dias. Mas não sem certo cansaço, como conta a diretora número 1: “Conseguir filmar no tempo que tínhamos disponível foi uma espécie de loucura. Me sentia numa gincana, dessas bem difíceis”. As dificuldades iam de encontrar estradas em que as cenas de deslocamento pudessem ser filmadas; passando por espremer atores, câmeras e equipes em um ônibus e chegando a gravar dois shows em localidades diferentes no mesmo dia.

Gisele: discutindo as relações do grupo na estrada

Para driblar os percalços, Gisele contou com dois fatores: “A equipe, que era ótima, experiente e muito integrada” e também a experiência adquirida na direção de filmes publicitários. “Como os comerciais são muitos, e sempre com temas diferente, ganha-se um conhecimento amplo, que pode ser utilizado depois para fazer ficção, como em Antônia”, estabelece. Lisonjeada por participar pela segunda vez da série, Barroco vê grande importância na iniciativa de se retratar facetas do Brasil que poucas vezes são expostas, como do hip hop periférico, e ainda ressalta a qualidade do produto, que explica ser “filmado em película e com uma linguagem cinematográfica”. Para ela, mais séries deveriam fazer companhia a Antônia e outras poucas no hall das diferentes do habitual – e com qualidade.

A mulher por trás da estréia da segunda temporada, que vai ao ar dia 21 de setembro, revela ter um próximo projeto em seus planos, um longa-metragem sobre seu mote predileto: as relações humanas.

Para saber mais sobre a epopéia rodoviária do grupo e descobrir exatamente quem é essa menina misteriosa que põe em cheque a relação das Antonias, fique de olho neste Blog.

Nenhum comentário: